A Câmara de Lorena determinou nesta segunda-feira (4) um novo afastamento do prefeito Paulo Neme. A decisão saiu três dias depois do prefeito retornar ao cargo. Mas, dessa vez, Paulo Neme diz que não vai sair.
Foi com base em denúncias na administração da Escola Profissionalizante Milton Ballerini que o novo pedido de afastamento foi feito. O presidente da Câmara se baseou em possíveis irregularidades como a compra de refrigerantes de dois litros por mais de R$ 90,50. O mesmo produto teria sido comprado, em outra oportunidade, por R$ 3,75. “Nós comprovamos hoje a denúncia de corrupção, má utilização de dinheiro público e a denúncia de superfaturamento”, explicou Élcio Vieira, presidente da Câmara.
Essa é a segunda vez que os vereadores pedem o afastamento de Paulo Neme. No início de junho, o prefeito foi acusado de não responder a requerimentos e de não zelar pelos bens públicos. Neme ficou 25 dias fora do cargo, e só voltou depois de uma decisão da Justiça. Agora, a Câmara pede que ele saia novamente.
Mas na prática, nada mudou. Paulo Neme continua como prefeito. E diz que só deixa o cargo se a Justiça determinar. "Um novo afastamento se baseou nos mesmos princípios que foram considerados irregulares. Por isso não houve necessidade dessa afastamento", declarou o prefeito.
Sobre as denúncias na Escola Milton Ballerini, Paulo Neme diz que a administração da verba enviada à escola pela Câmara é de responsabilidade da Associação de Pais e Mestres e não dele. Mesmo assim, quando soube das possíveis irregularidades, abriu uma sindicância interna. Na época teria sido apurado que não houve desvio de dinheiro, mas erro na nota fiscal. "Não havia um erro doloso. Houve um erro nessa nota", explicou o prefeito.
O presidente da Câmara de Lorena informou que não vai entrar com nenhum recurso contra a decisão do prefeito de continuar no cargo. Mas disse que qualquer ato realizado por Paulo Neme nesse período poderá ser considerado sem validade pelos vereadores. |
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